LOT 1494

BARRETO, Afonso Henriques de Lima (1881–1922). Prosa Seleta (Editora Nova Aguilar S.A., Rio de Janeiro, 2001).

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R$ 600,00
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novo
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BARRETO, Afonso Henriques de Lima (1881–1922). Prosa Seleta (Editora Nova Aguilar S.A., Rio de Janeiro, 2001).
R$ 600,00

DESCRIÇÃO

BARRETO, (Afonso Henriques de Lima) [1881–1922].— LIMA BARRETO // Prosa Seleta // ORGANIZAÇÃO // Eliane Vasconcellos // [monograma editorial em vermelho, estilizado com as letras entrelaçadas "A" e "N", tradicional da casa publicadora] // [——] // RIO DE JANEIRO, EDITORA NOVA AGUILAR S.A., 2001 // BIBLIOTECA // LUSO-BRASILEIRA // Série Brasileira // LIMA BARRETO // PROSA SELETA // INTRODUÇÃO GERAL // Nota editorial / Cronologia da vida e da obra // Fortuna crítica / Iconografia // ROMANCES // Recordações do escrivão Isaías Caminha // Triste fim de Policarpo Quaresma / Numa e a ninfa // Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá / Clara dos Anjos // SÁTIRAS // Os Bruzundangas / Coisas do reino do Jambom // CONTOS // Histórias e sonhos / Outros contos // MEMORIALÍSTICA // Diário íntimo / Cemitério dos vivos // APÊNDICE // Bibliografia // Índice geral.— In-12.º., 1518, [2] p. E. editorial. 

Lima Barreto foi um dos grandes nomes da literatura brasileira do início do século XX. Jornalista, romancista e cronista, destacou-se por sua escrita direta, marcada pela crítica social, pela denúncia do racismo estrutural e pela exposição das contradições da Primeira República. Sua obra, permeada de ironia e melancolia, reflete a luta do escritor contra os preconceitos da elite letrada e contra a marginalização das camadas populares. É nesse espírito que surge Triste fim de Policarpo Quaresma, romance em que o autor constrói, através do personagem-título, a imagem do patriota idealista, devotado integralmente ao país:

“Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que fazia vibrar de paixão não eram só os pampas do Sul com o seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não era a altura de Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves Dias ou o ímpeto de Andrade Neves — era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira do Cruzeiro.” (p. 264)

Aqui, Barreto condensa a essência de seu protagonista: um nacionalista cuja paixão pelo Brasil é total e indivisível. A enumeração dos símbolos regionais — pampas, café, ouro, diamantes, belezas naturais e nomes da cultura e da história — compõe um mosaico que encarna a utopia de um país harmônico e grandioso. No entanto, ao fundir todos esses elementos sob “a bandeira do Cruzeiro”, o autor sugere também a tensão entre o sonho de unidade e a dura realidade da fragmentação social e política. A força da passagem está justamente nesse contraste: a grandeza da visão de Quaresma e a tragédia de sua impotência diante da pátria real.

Exemplar com encadernação editorial em capa dura verde. Douração preservada na lombada e na assinatura fac-símile na capa. Lomba, capa e miolo íntegros, limpos e bem conservados.

IDIOMA
Português

DIMENSÕES
Altura: 18,5 cm
Largura: 12 cm

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