Obras de Bocage

Bocage

Lello & Irmão - Editores

1968

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Descrição Completa

BOCAGE (Manuel Maria Barbosa du) [1765–1805].— OBRAS // DE // BOCAGE // SONETOS - ODES - CANÇÕES - CANTOS - ELEGIAS E EPICÉDIOS - IDÍLIOS // E CANTATAS - EPÍSTOLAS E SÁTIRAS - POEMETOS - ODES ANACREÔNTI- // CAS, CANÇONETAS E ENDECHAS - RETRATOS, QUADRAS, ALEGORIAS E // GLOSAS - APÓLOGOS, ADIVINHAÇÕES, EPIGRAMAS, MADRIGAIS E EPITÁFIOS // - ELOGIOS - DRAMAS ALEGÓRICOSS - FRAGMENTOS DRAMÁTICOS - VER- // SÕES LÍRICAS - EPISÓDIOS TRADUZIDOS - METAMORFOSES - POEMAS // DIDÁCTICOS TRADUZIDOS - DRAMAS TRADUZIDOS // [Vinheta editorial composta por letra capital ornamentada em forma de « L », dentro da qual figura um busto masculino nu, empunhando ferramentas. No campo interno lê-se a divisa « DECUS IN LABORE » (a honra está no trabalho)] // LELLO & IRMÃO - EDITORES // 144, RUA DAS CARMELITAS - PORTO.— In-12.º., 2050 p. E. editorial. 

Manuel Maria Barbosa du Bocage, mais conhecido apenas como Bocage, foi um dos grandes nomes da poesia em língua portuguesa no final do século XVIII. Sua produção oscilou entre o arcadismo e os primeiros sinais do romantismo, marcada por lirismo intenso, vigor satírico e forte tom confessional. Sua obra circulou amplamente em vida e no século XIX, tendo alcançado estatuto canônico em diversas edições críticas e populares.

O exemplar aqui descrito, publicada em 1968 pela Livraria Sá da Costa Editora, em Lisboa, reúne de forma sistemática a vasta produção do poeta, incluindo sonetos, canções, odes, epístolas, sátiras e traduções, além de textos menos conhecidos que ajudam a compor o retrato de uma voz literária central na tradição lusófona.

Na seção de suas Epístolas e Sátiras, encontra-se o poema Elmano a Urselina, em que o poeta, sob o pseudônimo arcádico Elmano Sadino, funde delicadeza e desespero amoroso em versos de grande beleza e força lírica:

« Dos homens o mais triste, e o mais amante,
O cego adorador da formosura,
Em que Amor se esmerou no teu semblante;

[…]

Elmano, que a seus ais sempre inimigo
Encontra o Fado, Elmano, que te adora,
Que tem por morte não viver contigo;

[…]

Ah meu doce prazer, meu doce encanto!
O condenado a males sempiternos
Não desespera assim, não sofre tanto.

Termos amores, cada vez mais ternos,
Geram, pelo ciúme envenenados,
Dentro em meu coração fúrias, e infernos.

[…]

A vida, que prezei, me aflige, e cansa;
A vida, que prezei, porque iludia
Meus vãos desejos crédula esperança. »
(pp. [801]–802).

Estes trechos condensam a essência de Bocage: o conflito entre o êxtase amoroso e a angústia existencial, o prazer e o tormento, o sonho e a desesperança. O tom confessional e trágico aproxima o poeta da modernidade, ao mesmo tempo em que reafirma seu lugar entre os grandes da literatura portuguesa.

O volume apresenta encadernação editorial em capa dura verde, com dourações decorativas e título gravado na lombada, além das indicações de gêneros na capa, igualmente em dourado. Encontra-se em muito bom estado de conservação, com discretos sinais do tempo: pequenas dobras nas quinas da capa e uma leve fissura na borda inferior da lombada. Nota-se ainda leve escurecimento nas bordas e nas sobrecapas, sem comprometer a estética da obra. A encadernação mantém firmeza estrutural, o dourado preserva-se nítido e bem conservado, e o exemplar conserva o caráter sólido e elegante da edição. O miolo permanece íntegro, firme e limpo, com impressão clara e legível. Há apenas alguns pontos leves de oxidação nos cortes e nas guardas, além de um pequeno desgaste em uma das extremidades da guarda posterior. Sem assinaturas, carimbos ou marcações. 1968.

IDIOMA
Português

DIMENSÕES
Altura: 19 cm
Largura: 12,5 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

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