Eneida

Virgílio

Abril Cultural

1983

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R$ 230,00
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Descrição Completa

MARÃO (Públio Virgílio) [70 a.C. - 19 a.C.].— VIRGÍLIO // ENEIDA // Tradução, Textos introdutórios e Notas de // Tassilo Orpheu Spalding // [Marca do editor: árvore estilizada dentro de um retângulo, escrito: « ABRIL CULTURAL »] // 1983 // EDITOR: VICTOR CIVITA. In-4.º de 281 págs. E. editorial.

Públio Virgílio Marão, natural de Mântua, é considerado o maior poeta de Roma e um dos pilares da literatura universal. Sua obra máxima, a Eneida, escrita a pedido de Augusto, combina mito, história e política para narrar a saga de Eneias, herói troiano destinado a fundar a linhagem que culminaria na glória do Império Romano.

Eneida é composta de doze livros, divididos em dois grandes blocos: os seis primeiros narram as viagens de Enéias, em moldes semelhantes à Odisseia; os seis últimos descrevem as batalhas na Itália, em paralelo à Ilíada. O poema articula a experiência do exílio e do sofrimento com a missão grandiosa de instaurar o futuro de Roma.

A presente edição brasileira da Eneida, publicada pela Abril Cultural em 1983, apresenta tradução, introdução e notas de Tassilo Orpheu Spalding. Além do texto integral, a edição oferece introdução crítica, aparato de notas explicativas e recursos editoriais que a tornam acessível tanto ao leitor culto quanto ao estudioso da tradição clássica.

No « Livro segundo », Enéias atende ao pedido da rainha Dido e recorda os horrores da queda de Troia. Mesmo relutante, inicia seu relato com palavras que unem dor e dever:

« Mandas, ó rainha, renovar uma dor inenarrável em me perguntando como os dánaos destruíram o poder de Tróia e o seu lamentável império: acontecimento por demais penoso que vi com meus próprios olhos e nos quais tomei grande parte. Quem, pois, a esta narração, mirmidão ou dólope ou soldado do duro Ulisses, reterá as lágrimas? E já a noite úmida desce do céu e os astros cadentes aconselham ao sono. Mas se tens tão grande desejo de conhecer os nossos infortúnios e de ouvir abreviadamente a suprema ruína de Tróia, ainda que meu coração tenha horror a essa evocação e recue diante de tanto luto, começarei. » (p. 39)

Aqui, Virgílio mostra Enéias dividido entre o trauma pessoal e a necessidade de testemunhar. A referência à “noite úmida” que desce sugere tanto o ambiente externo quanto a atmosfera de luto interior. O herói declara seu horror em reabrir a ferida, mas a pietas — devoção ao dever, à família e ao destino — o obriga a narrar. Essa passagem simboliza a essência do poema: a dor da memória transformada em fundamento de uma missão histórica, a passagem da ruína troiana ao nascimento da grandeza romana.

O volume possui encadernação editorial em capa dura de tom vermelho escuro, ricamente decorada com inscrições e ornamentos dourados em estilo clássico. A encadernação mantém-se firme, com a lombada e as inscrições douradas preservadas. As folhas de guarda estão estampadas em vermelho com motivos de inspiração mitológica, íntegras e preservadas.  As folhas exibem leve amarelamento uniforme e alguns pequenos pontos de oxidação nos cortes inferior e lateral, assim como em algumas páginas, típico do papel da época, sem afetar a legibilidade. Corte dourado superior dourado, preservado, com brilho vívido. Possui marcador de fita original na cor vermelha. Sem assinaturas, carimbos ou anotações. 1983.


IDIOMA

Português

DIMENSÕES
Altura: 24,5cm
Largura: 17cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

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