Vies des dames galantes

Pierre de Bourdeille

Jean de Bonnot

1972

SKU: 0159
R$ 720,00
R$ 720,00

FRETE

Frete grátis em todos os pedidos!

ENVIO CURATORIAL

Saiba mais

Descrição Completa

BOURDEILLE (Pierre de) [c. 1540–1614].— PIERRE DE BOURDEILLE // SEIGNEUR DE // BRANTÔME // VIES // DES // DAMES GALANTES // Texte établi sur l’édition originale par // Jacques Haumont archiviste-paléographe // 24 bois gravés d’époque renaissance // [ornamento: canhão em círculo, emblema da editora Jean de Bonnot] // A PARIS, au 7 du faubourg St-Honoré // près la nouvelle église de la Madeleine // CHEZ JEAN DE BONNOT // tenant négoce de libraire à l’enseigne du canon // [———] // 1972.— In-8.º., 315, [6] p. E. editorial de luxo.

Pierre de Bourdeille, mais conhecido como Brantôme, foi um cronista francês da Renascença, célebre por suas memórias e relatos de corte. Militar de formação e homem próximo de grandes personagens de seu tempo, legou uma obra marcada pelo olhar atento sobre a sociedade, sobretudo no que diz respeito às mulheres e aos costumes amorosos da nobreza. Sua escrita, ao mesmo tempo memorialística e anedótica, revela tanto a vivência direta do autor nos círculos cortesãos quanto um estilo franco, espirituoso e frequentemente ousado, que fez de seus textos fonte inestimável para a compreensão do imaginário renascentista.

Entre seus escritos, Vies des dames galantes ocupa lugar de destaque. A obra reúne narrativas e reflexões sobre a vida das damas da corte, explorando com ironia e franqueza os temas da beleza, da sedução, da infidelidade e da moral. Brantôme não se limita a registrar anedotas, mas constrói um retrato vívido das tensões entre virtude e prazer, revelando o contraste entre a imagem idealizada da castidade feminina e as práticas reais da vida cortesã.

O tom irreverente e provocador da obra aparece em passagens como esta, em que o autor expõe o ponto de vista — por ele atribuído a certos homens de seu tempo — sobre a relação entre beleza, castidade e felicidade conjugal:

« Sur quoy j’ay ouy souhaiter à plusieurs gallants hommes une femme belle et un peu putain, plustost que femme laide et la plus chaste du monde ; car en une laideur n’y loge que toute misère et desplaisir, et nul brin de félicité ; en une belle, tout plaisir et félicité y abonde, et bien peu de misère, selon aucuns. » (p. 148).

A presente edição foi publicada pela editora Jean de Bonnot, em Paris, como parte de suas luxuosas coleções de clássicos. Texto estabelecido a partir da edição original por Jacques Haumont, arquivista-paleógrafo, e enriquecida com 24 xilogravuras de época renascentista. O cuidado editorial se reflete também na materialidade: encadernação em couro com dourações em relevo, corte superior dourado preservado e corte lateral com discreta mancha em uma das extremidades superiores, fita de marcação em tecido na cor vermelha, guardas em papel marmorizado azul e dourado; nas margens de junção com a lombada percebe-se um leve sombreamento decorrente da colagem de fábrica, detalhe característico da série, e não sinal de uso. Edição em papel de alta gramatura com marcas-d’água artísticas em várias folhas. Exemplar traz, ainda, ex-libris impresso em preto e branco, em xilogravura ornamental, com escudo central vazio ladeado por figuras femininas alegóricas e adornos vegetais. Todas essas características tornam o volume não apenas um livro para leitura, mas também um objeto de arte. Sem assinaturas, carimbos ou marcações. 1972.

IDIOMA
Francês

DIMENSÕES
Altura: 21cm
Largura: 14cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

Produtos vistos recentemente