Esaú e Jacó / Memorial de Aires

Machado de Assis

Abril Cultural

1984

SKU: 0122
R$ 150,00
R$ 150,00

FRETE

Frete grátis em todos os pedidos!

ENVIO BLINDADO

Saiba mais

Descrição Completa

MACHADO DE ASSIS (Joaquim Maria) [1839-1908].— Machado de Assis // ESAÚ E JACÓ // [*] // MEMORIAL DE AIRES // [Marca do editor: árvore estilizada dentro de um retângulo com descrição: « ABRIL CULTURAL »] // 1984 // EDITOR: VICTOR CIVITA.— In-8.º de 384-[385]. E. editorial. 

Machado de Assis, considerado o maior nome da literatura brasileira, foi poeta, contista, cronista, dramaturgo e, sobretudo, romancista. Fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, explorou em suas obras a condição humana em suas ambiguidades, com ironia e profundidade psicológica. Em Esaú e Jacó e Memorial de Aires, já em sua fase final, Machado alcança uma escrita mais contida, reflexiva e impregnada de melancolia.

Este exemplar reúne dois romances do período final de Machado de Assis: Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). O primeiro traz a história dos gêmeos Pedro e Paulo, constantemente em conflito, representando tensões políticas e existenciais do Brasil da virada do século. Já o Memorial de Aires, escrito sob a forma de diário, é uma narrativa mais íntima e reflexiva, marcada pela voz serena e resignada do conselheiro Aires. Ambos dialogam entre si e com a obra madura de Machado, compondo uma espécie de fecho para sua produção romanesca.

Logo na abertura de Esaú e Jacó, Machado nos introduz ao espaço urbano do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo concreto e simbólico, revelando já o olhar crítico e melancólico do narrador:

« Era a primeira vez que as duas iam ao morro do Castelo. Começaram de subir pelo lado da Rua do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. »
(p. 11)

Esse trecho condensa a visão machadiana sobre a transitoriedade da vida, ao mesmo tempo em que situa a narrativa na paisagem carioca. A aparente simplicidade da cena abre caminho para uma reflexão mais ampla sobre destino, memória e esquecimento.

No Memorial de Aires, por sua vez, a voz do conselheiro aparece em tom íntimo e resignado, refletindo a consciência do tempo que se esgota:

« Aqui estou, aqui vivo, aqui morrerei. »
(p. 233)

A frase, seca e definitiva, traduz a aceitação da finitude e da rotina, características de um narrador que observa a vida com serenidade e desencanto. É um fecho simbólico da maturidade literária de Machado.

Publicado pela Editora Abril Cultural, em 1984, como parte da coleção Obras-Primas, este volume traz encadernação editorial em capa dura em vermelho com detalhes dourados e boa qualidade gráfica. É a edição número 69 da série, que buscou reunir grandes clássicos da literatura universal e brasileira em formato colecionável.

A encadernação permanece firme, com lombada íntegra e ornamentos dourados bem preservados. As guardas estampadas encontram-se íntegras e bem preservadas, e o marcador de fita mantém-se presente. Cortes lateral e inferior limpos e corte superior com douração preservada. Observam-se apenas alguns pequenos pontos de oxidação em algumas extremidades de algumas páginas e nos cortes lateral e inferior. Acompanha o card original do editor, incluído nesta edição da coleção Obras-Primas, um material complementar que enriquece o exemplar e ressalta o cuidado editorial da época. Sem assinaturas, marcações ou carimbos. 1984.

IDIOMA
Português

DIMENSÕES
Altura: 20,5cm
Largura: 13cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

Produtos relacionados

Produtos vistos recentemente