



Traduction des Satires de Perse et de Juvénal
Jérôme Tarteron
A Paris, Par la Compagnie des Libraires
1737
- R$ 4.700,00
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Descrição Completa
JUVÉNAL (Décime Junius) [c. 55 – c. 140 d.C.] & PÉRSIO (Aulus Persius Flaccus) [34 - 62 d.C.]. — TRADUCTION // DES SATIRES // DE PERSE, // ET DE // JUVÉNAL, // Par le Révérend Pere TARTERON, // de la Compagnie de JESUS. // NOUVELLE EDITION. // augmentée d’Arguments à chaque Satire. // [Emblème typographique : composition gravée de fleurs, feuillages et ornements végétaux, au centre une ruche entourée d’abeilles, ceinte de rubans portant les devises « INSISTERE » et « PURIS GAUDENT »]. // A PARIS, // Par la Compagnie des Libraires. // —— // M.DCC.XXXVII. // AVEC PRIVILEGE DU ROY. — In-12. Reliure pleine peau de l’époque, dos orné à nerfs et fleurons dorés, pièce de titre « Satires de Juvén[al] ». Tranches rouges, gardes en papier marbré polychrome. // 354 pp. pour le texte latin, 355 pp. pour le texte français. // Préliminaires non chiffrés comprenant titre, épître et table [36] pp. // Table des matières à la fin [15] pp., suivie d’errata [1] p., privilège du roi [3] pp., seconde errata [2] pp. et catalogue final de la Compagnie des Libraires [2] pp. // Frontispice gravé figurant l’auteur en méditation, entouré d’attributs érudits. // Dos lombo en cuir orné à nerfs, avec pièce de titre en maroquin rouge, titre doré «SATIR DE JUVEN» (forme abrégée pour Satires de Juvénal).
Décimo Júnio Juvenal foi um poeta romano célebre por suas Sátiras, escritas em hexâmetros, nas quais critica duramente os costumes de sua época. Sua obra, composta por dezesseis sátiras, ataca a corrupção política, a decadência moral e a hipocrisia social da Roma imperial. Embora pouco se saiba de sua vida, Juvenal se tornou um dos maiores expoentes da tradição satírica, influenciando escritores do Renascimento e da modernidade. Sua mordacidade e estilo vigoroso tornaram-no símbolo de crítica e resistência moral frente aos abusos da sociedade.
Aulo Pérsio Flaco, também satírico romano, morreu jovem, aos 28 anos, mas deixou seis sátiras em hexâmetros que tiveram grande impacto na tradição literária latina. Educado no estoicismo, Pérsio dirigiu sua crítica contra os vícios morais, a avareza, a hipocrisia e os abusos do poder. Apesar da brevidade de sua obra, seu tom moralizante, aliado ao rigor filosófico, exerceu forte influência sobre gerações posteriores, sendo lido em conjunto com Juvenal como modelo de denúncia ética e social.
Este raríssimo exemplar setecentista apresenta a tradução francesa das célebres Sátiras de Pérsio (Aulus Persius Flaccus) e Juvenal (Decimus Iunius Iuvenalis), dois dos maiores poetas satíricos da Roma Antiga. Suas críticas mordazes à sociedade romana — abordando corrupção, vícios, injustiças e costumes — marcaram profundamente a tradição literária ocidental. Sua obra exerceu enorme influência sobre a tradição satírica europeia, sendo lida e reinterpretada ao longo dos séculos como contundente reprovação às condutas abusivas, falsidade moral e depravação social.
Traduzidas pelo padre jesuíta Jérôme Tarteron, esta edição de 1737 foi publicada pela Compagnie des Libraires em Paris, com privilégio real, o que atesta sua circulação oficial. Diferencia-se por ser uma nova edição ampliada, trazendo argumentos introdutórios e notas adicionais a cada sátira, recurso que a torna mais acessível e erudita para os leitores do período.
Um dos trechos mais contundentes da Sátira III, denuncia a degradação moral da vida em Roma, ironizando práticas de astrologia, adivinhações e serviços indignos — incluindo o ato de servir de intermediário para adultérios —, prática considerada vergonhosa:
«Quid Romae faciam? mentiri nescio, librum
si malus est nequeo laudare et poscere; motus
astrorum ignoro; funus promittere patris
nec volo nec possum; ranarum viscera numquam
inspexi; ferre ad nuptam quae mittit adulter,
quae mandat, norunt alii; me nemo ministro.
Fur erit atque ideo nulli comes exeo tamquam
mancus et extinctae corpus non utile dextrae.
Quis nunc diligitur, nisi conscius et cui fervens
aestuat occultis animus semperque tacendis?
Nil tibi se debere putat, nil conferet umquam,
participem qui te secreti fecit honesti.»
(p. 100)
A “censura” manuscrita: notavelmente, este exemplar traz um risco intencional sobre parte do texto latinoda Sátira III (p. 100): «inspexi; ferre ad nuptam quae mittit adulter, quae mandat». A passagem refere-se explicitamente ao ato de transportar mensagens ou presentes entre um adúltero e a mulher casada, papel de cumplicidade que Juvenal rejeita. É plausível que a frase tenha sido censurada por um antigo proprietário ou leitor sensível ao conteúdo considerado imoral, lascivo ou ofensivo aos costumes religiosos e sociais da época. Trata-se, portanto, de um gesto de censura individual, provavelmente motivado por escrúpulos morais ou religiosos, refletindo a recepção sensível e seletiva da obra em diferentes contextos históricos.
Uma curiosidade é que a censura ocorre apenas no texto latino e não em sua tradução francesa. Isso sugere que a língua latina, tradicionalmente associada ao meio religioso, poderia causar maior desconforto ou reprovação moral. Assim, a intervenção manuscrita transforma o exemplar em um testemunho raro e eloquente da recepção histórica da obra, revelando como diferentes contextos culturais estabeleciam limites para o aceitável.
A rasura foi executada com tinta de caneta tinteiro, possivelmente ferro-gálica, comum entre os séculos XVII e XIX. O traço apresenta espessura irregular e penetração visível nas fibras do papel, indício de escrita manual posterior à impressão. Este detalhe acrescenta valor documental e bibliográfico significativo, pois não apenas atesta o uso ativo e interpretativo do livro, mas também o inscreve na prática histórica de leitura moralizante e censura privada.
O volume apresenta sua encadernação original plena em couro, com lombada ricamente decorada em dourado e título em etiqueta de couro vermelha “Satir[es] de Juven[al]”. Contém, ainda, frontispício ilustrado em gravura, representando Juvenal em ambiente erudito, além de tabelas, erratas e catálogo final da Compagnie des Libraires. As capas mostram marcas do tempo, bem como sinais de desgaste nos cantos e bordas e cortes nas extremidades entre a capa e a lombada, mas o exemplar continua firme e íntegro. Apresenta sinais de manuseio e marcas do tempo, incluindo manchas ocasionais e discretos furos, mas permanece com textos e ilustrações perfeitamente legíveis. Possui corte na parte inferior de uma página da epístola, com perda marginal de papel em área não impressa, sem prejuízo ao texto. As folhas de guarda exibem belíssimo papel marmorizado policromado, característico das edições francesas do século XVIII. Cortes com tingimento em vermelho desbotado, mas ainda aparente. Nota-se também uma assinatura de posse manuscrita na folha de rosto, com tinta de caneta tinteiro, possivelmente ferro-gálica, indicando proveniência antiga. 1737.
IDIOMAS
Francês
Latim
DIMENSÕES
Altura: 17cm
Largura: 10,5cm
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
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