A divina comédia

Dante Alighieri

Abril Cultural

1981

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R$ 270,00
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Descrição Completa

ALIGHIERI (Dante) [1265–1321].— DANTE ALIGHIERI // A DIVINA COMÉDIA //  Tradução, prefácio e notas de Hernâni Donato // Ilustrações de Gustave Doré // [Marca do editor: árvore estilizada dentro de um quadrado] // 1981 // EDITOR: VICTOR CIVITA.— In-8.º de XVI-335 págs. E. editorial. 

Dante Alighieri, poeta florentino, é o autor da Divina Comédia, obra-prima da literatura medieval e um dos maiores monumentos poéticos da tradição ocidental. O poema, escrito em tercetos encadeados (terza rima), narra a jornada do próprio Dante através do Inferno, Purgatório e Paraíso, guiado inicialmente por Virgílio (símbolo da razão) e depois por Beatriz (símbolo da fé). A estrutura totaliza 100 cantos: 34 no Inferno (incluindo o canto introdutório) e 33 em cada uma das outras duas partes.

Esta edição brasileira foi publicada em 1981 pela Abril Cultural, sob a direção editorial de Victor Civita. Apresenta tradução, prefácio e notas de Hernâni Donato, ilustrada com as célebres gravuras de Gustave Doré, com ilustrações em página inteira, conferindo imponência visual à narrativa. O volume mantém ainda folhas de guarda estampadas, que funcionam como elemento decorativo e protetivo.

Na entrada do Inferno, encontra-se a inscrição que adverte todos os que transpõem os portões do reino dos condenados:

« Renunciai às esperanças, vós que entrais. » (p. 31)

Este verso tornou-se o mais célebre de todo o poema dantesco, condensando a essência do Inferno como lugar de perda absoluta da esperança e da possibilidade de redenção. É o anúncio definitivo da condenação eterna.

Em contraste, no Paradiso, Dante alcança a plenitude da experiência visionária, como no Canto XXXII:

« Tanto estavam meus olhos, fixos e absortos, a saciar o divinal anseio de dez anos, que em mim ficaram anulados os outros sentidos. Tanto me atraía o sorriso (de Beatriz) que meus olhos pareciam reclusos entre muralhas, levantadas pelos encantos antigos. » (pp. 224-226)

O sorriso de Beatriz simboliza a Graça divina e a bem-aventurança eterna. Aqui, os sentidos humanos cedem à intensidade da visão espiritual. A metáfora dos olhos « reclusos entre muralhas » sugere tanto clausura quanto proteção: nada exterior pode desviar o poeta da visão beatífica.

O contraste entre os dois trechos é marcante: se no início da obra a esperança é negada, ao final ela se consuma na visão de Deus, mediada por Beatriz. Assim, a Comédia apresenta sua trajetória simbólica da perdição à salvação, do desespero ao êxtase eterno.

Exemplar com encadernação editorial preservada, íntegra e firme. Folhas de guarda estampadas originais íntegras, com ilustrações preservadas. Pequenos sinais de uso e leve amarelamento natural do papel e poucos e pequenos pontos de oxidação nos cortes e em algumas páginas do início e do fina, indicam a passagem do tempo, sem comprometer a legibilidade do texto ou a nitidez das ilustrações de Doré. Corte superior com douração preservada. Douração também preservada na capa e lombada, com apenas alguns pontos minimamente desbotados na capa e lombada. Sem assinaturas, carimbos ou marcações. 1981. 

IDIOMA
Português

DIMENSÕES
Altura: 23cm
Largura: 16,5cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

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