Antologia de teatro del siglo XVI

Federico Carlos Sainz de Robles (org.)

Editions Ferni, Genève

1972

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R$ 230,00
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Descrição Completa

SAINZ DE ROBLES (Federico Carlos, org.) [séc. XX].— [Ornamento tipográfico em formato de moldura, impresso em vermelho, que envolve toda página com arabescos e elementos florais estilizados] // ANTOLOGIA // DE TEATRO // DEL // SIGLO XVI // [Ornamento tipográfico em forma de arabesco simétrico, em preto] // CIRCULO DE AMIGOS DE LA HISTORIA.— In-12.º., 315, [5] p. E. editorial.

Organizada por Federico Carlos Sainz de Robles, esta edição moderna publicada pelo Círculo de Amigos de la Historia reúne alguns dos principais dramaturgos do século XVI, compondo um panorama essencial da cena renascentista ibérica. A coletânea apresenta desde os primeiros passos do teatro humanista até formas mais populares que antecederam o pleno barroco espanhol.

Abrindo com Bartolomé Torres Naharro e sua Comedia Himenea (p. 23), considerada uma das primeiras peças do teatro renascentista espanhol. Nela já se delineia a preocupação em retratar a vida social com diálogos naturais e crítica de costumes, marcando o passo inicial para a consolidação da comédia moderna.

Entre os destaques, Gil Vicente comparece com a Tragicomedia de Don Duardos (p. 73), na qual a mescla entre lirismo cortesão e comicidade popular revela a versatilidade do “pai do teatro português”. Já Juan del Encina, pioneiro da cena espanhola, oferece em Plácida y Vitoriano (p. 135) um exemplo de égloga pastoril dramatizada, refletindo o ideal humanista de unir poesia e moralidade.

Na vertente popular, Lope de Rueda — ator e empresário itinerante — figura com El Deleitoso (p. 187), peça de sabor farsesco que animava as praças públicas e consolidou o gosto do público pelas representações breves. Também se inclui Juan de la Cueva, cuja tragédia Los Siete Infantes de Lara (p. 225) retoma um célebre episódio da épica medieval, transformando-o em drama histórico e em emblema da memória nacional.

Por fim, a antologia se encerra com Miguel de Cervantes Saavedra (1547–1616), representado por seus Entremeses (p. 275). Nestes textos breves, o autor do Quijote revelou uma veia popular e satírica que capta a vida cotidiana de maneira única, transformando situações triviais em literatura de alcance universal.

No Entremés de la guarda cuidadosa, o humor atinge seu auge numa cena em que o Sacristán interroga o Soldado sobre seus presentes amorosos. O diálogo revela o choque entre o idealizado mundo do amor cortês e a realidade mais prosaica:

«—¿Has hablado alguna vez a Cristina?
—Cuando quiero.
—¿Qué dádivas le has hecho?
—Muchas.
—¿Cuántas y cuáles?
—Dile una destas cajas de carne de membrillo.»
(Entremés de la guarda cuidadosa, p. 277).

A comicidade nasce justamente da banalidade da resposta. Em vez de joias, poemas ou flores — símbolos tradicionais da devoção amorosa —, o presente é uma simples caixa de doce de marmelo. Com esse recurso, Cervantes desmonta a solenidade do amor cortês e expõe, com ironia e frescor, a distância entre o ideal poético e a vida real.

Essa capacidade de aplicar a linguagem poética a objetos banais é uma das marcas mais refinadas do humor cervantino, que desmascara as pretensões da retórica erudita. 

Exemplar impresso em papel encorpado, com ornamentos tipográficos e encadernação editorial em capa dura. Miolo íntegro, limpo, sem riscos, anotações ou marcas de posse. 1972.

IDIOMA

Espanhol

DIMENSÕES
Altura: 17cm
Largura: 12cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

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