La Petite Paroisse : moeurs conjugales

Alphonse Daudet

Alphonse Lemerre, Éditeur

1895

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R$ 1.270,00
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Descrição Completa

DAUDET (Alphonse) [1840-1897].— ALPHONSE DAUDET // [—] // LA // PETITE PAROISSE // MOEURS CONJUGALES // Jaloux n’a paix ne soir ne matinée. // (Vieux texte.) // [marca do editor: figura masculina nua cavando com uma pá diante de um sol nascente; filactério superior com a divisa “FAC ET SPERA”; iniciais “A L” no cartucho inferior] // PARIS // ALPHONSE LEMERRE, ÉDITEUR // 23-31, PASSAGE CHOISEUL // NEW-YORK, 13 WEST, 24th STREET // 1895.— In-8.º., [4], 452, [2] p. E. editorial em meio-couro. 

Raro e valioso exemplar da primeira edição de La Petite Paroisse, publicada em 1895, ainda em vida de Alphonse Daudet - um dos grandes nomes da literatura francesa do século XIX, autor de romances, contos e peças de teatro. 

Com estilo lírico e sensível, Daudet retratou com fina ironia e profunda empatia os costumes sociais e familiares de sua época, tornando-se uma das vozes mais expressivas do realismo francês.

O volume foi editado pela Alphonse Lemerre, tradicional casa parisiense responsável pela publicação das principais obras do autor, e traz o subtítulo Moeurs Conjugales (“Costumes conjugais”). Nesse romance, Daudet explora a complexidade da vida conjugal, o entrelaçamento entre amor, culpa e perdão, revelando a delicada fronteira entre a ternura e o desencanto.

Entre os trechos mais comoventes da obra, destaca-se o início do capítulo XIII, no qual Daudet descreve uma cena de rara delicadeza — o reencontro de Lydie Fénigan com o marido, marcado por uma emoção silenciosa e pela música que os reconcilia apenas na lembrança:

« Cette première soirée dans le grand salon des Uselles, entre son mari et celle qu’elle n’appelait jamais plus que sa mère, fut pour Lydie Fénigan d’une douceur infinie. Quand elle ouvrit le piano et que ses longues mains blanches, se poursuivant sur le clavier, donnèrent la volée aux premières mesures de ce chant divin de Pergolèse, dont Richard, en son absence, avait si souvent fait les basses avec désespoir, la même émotion les prit tous à la gorge ; ils se sentaient pour toujours unis et tendres, des âmes de pitié et de pardon. »
(p. 295).

Nessa passagem, Daudet traduz em prosa a música interior da melancolia e do perdão: um instante em que o amor, ferido mas ainda vivo, encontra na arte o seu último refúgio. É uma das cenas mais sensíveis do romance — e talvez uma das mais puras expressões do olhar compassivo e humano do autor.

Exemplar em muito bom estado de conservação, com encadernação artesanal de época em meio couro marrom, apresentando lombada com nervuras marcadas e título e filetes dourados, que embora revelem alguns pontos de desbotamento pelo tempo, permanecem perfeitamente legíveis. As capas em tom de vinho escuro fechado contrastam com elegância com os planos e guardas em papel marmorizado de vibrantes tons de vermelho, azul, laranja e amarelo, característicos das encadernações francesas de luxo do final do século XIX. O corte superior dourado conserva ainda bom brilho e uniformidade, enquanto os cortes frontais e inferiores exibem o tom natural do papel, denotando cuidado e preservação. O miolo está firme e limpo, com páginas uniformemente amareladas, sem rasgos, manchas expressivas ou anotações, preservando a integridade do texto. As guardas marmorizadas permanecem bem conservadas e visualmente exuberantes, evidenciando o refinamento estético da edição.

Em conjunto, trata-se de um exemplar sólido e atraente, que alia valor literário, histórico e material, representando com distinção a qualidade editorial da Maison Alphonse Lemerre, uma das casas mais prestigiadas da Paris literária do século XIX. Sem assinaturas, carimbos ou marcações. 1.ª edição, 1895.

IDIOMA
Francês

DIMENSÕES
Altura: 18 cm
Largura: 12,5 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado de conservação: Muito bom

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