DUHAMEL, Georges (org. ) (1884–1966). Anthologie de la Poésie Lyrique Française de la fin du XVe siècle à la fin du XIXe siècle (Insel-Verlag, Leipzig, 1923).
DUHAMEL (Georges, org.) [1884-1966].— ANTHOLOGIE DE LA // POÉSIE LYRIQUE // FRANÇAISE // DE LA FIN DU XVe SIÈCLE A LA // FIN DU XIXe SIÈCLE // PRÉSENTÉE PAR // GEORGES DUHAMEL // 1923 // [———] // INSEL-VERLAG / LEIPZIG. In-8.º., XXXVIII, [2], 531 p. E. em meio couro.
A antologia reúne uma ampla seleção de poesias francesas, do final do século XV até o final do século XIX, oferecendo um panorama da evolução da lírica francesa por quatro séculos. O volume apresenta autores desde os primórdios do Renascimento, como Marguerite de Navarre, Clément Marot, Joachim du Bellay e Pierre de Ronsard, atravessa o Classicismo de La Fontaine, Boileau, Molière e Voltaire, contempla o Pré-romantismo e a Ilustração em vozes como André Chénier, Parny e Lebrun, até alcançar os grandes nomes do Romantismo e do Simbolismo, como Lamartine, Hugo, Musset, Nerval, Baudelaire, Verlaine e Rimbaud.
A organização e a apresentação são de Georges Duhamel, médico, escritor, ensaísta e membro da Académie Française. Reconhecido por sua visão humanista e crítica, Duhamel introduz os principais movimentos literários, situando os poetas em seu contexto e oferecendo ao leitor uma leitura panorâmica e reflexiva da tradição poética francesa.
Publicado pela Insel-Verlag, em Leipzig, na coleção internacional Bibliotheca Mundi, conhecida por edições de alta qualidade gráfica e tipográfica, voltadas a um público erudito e cosmopolita. A impressão foi realizada pela prestigiada Imprimerie W. Drugulin, também em Leipzig, célebre por sua excelência tipográfica.
Publicado em 1923, poucos anos após a Primeira Guerra Mundial, o volume reflete o interesse cultural da época pela tradição literária europeia e pela reafirmação dos clássicos como um patrimônio comum. A antologia de Duhamel não apenas valoriza a continuidade da poesia francesa, mas também oferece ao público internacional uma síntese representativa da herança lírica francesa.
Com sua musicalidade intensa e sua evocação de mundos ideais, Baudelaire sintetiza o espírito lírico do século XIX:
« Là, tout n’est qu’ordre et beauté,
Luxe, calme et volupté. »
(L’Invitation au voyage, p. 507)
O fragmento resume o anseio romântico-simbolista por um espaço de harmonia e plenitude, em contraste com as tensões da vida real, revelando a busca da poesia por um refúgio estético absoluto.
Exemplar com encadernação em meio couro com lombada e cantos em couro marrom, trazendo o título gravado em douração na lombada. O conjunto é completado por papel marmorizado nas pastas, conferindo ao volume um aspecto elegante e sólido, característico das encadernações artesanais do início do século XX. Se mantém firme, preservada e sem indícios relevantes de desgaste, apenas em alguns pontos nas extremidade da lombada e das capas. Mantém o miolo íntegro, firme e limpo e a tipografia refinada característica da Insel-Verlag, incluindo a elegância da composição em duas cores (vermelho e preto) na página de rosto. Folhas de guarda íntegras e preservadas, com leve amarelamento do tempo. Douração no corte superior e na lombada, preservada. Sem assinaturas, carimbos ou marcações. 1923.
Francês
Altura: 21cm
Largura: 13cm