ALEMÁN (Mateo) [séc. XVI–XVII].— [Ornamento tipográfico em formato de moldura, impresso em vermelho, que envolve toda página com arabescos e elementos florais estilizados] // MATEO ALEMAN // GUZMAN // DE ALFARACHE // I // [Ornamento tipográfico em forma de arabesco simétrico, em preto] // CIRCULO DE AMIGOS DE LA HISTORIA // [Ornamento tipográfico em formato de moldura, impresso em vermelho, que envolve toda página com arabescos e elementos florais estilizados] // MATEO ALEMAN // GUZMAN // DE ALFARACHE // II // [Ornamento tipográfico em forma de arabesco simétrico, em preto] // CIRCULO DE AMIGOS DE LA HISTORIA.— In-12.º., 2v. (Vol. I, 325, [3] p.; Vol. II, 325, [3] p.). E. editorial.

Publicação em dois volumes pelo Círculo de Amigos de la Historia. Considerado o romance picaresco por excelência, Guzmán de Alfarache (1599–1604) inaugura, ao lado do Lazarillo de Tormes, a grande tradição do gênero na Espanha, apresentando-se como uma “atalaya de la vida humana”, isto é, um miradouro moral sobre os vícios, misérias e ambiguidades da sociedade barroca.

Logo no início do Libro Primero, Capítulo I, encontra-se a abertura célebre, onde o narrador declara sua intenção autobiográfica:

“El deseo que tenía —curioso lector— de contarte mi vida, me daba tanta priesa para engolfarte en ella sin prevenir algunas cosas que, como primer principio, es bien dejallas entendidas… Tomaré por mayor lo más importante, dejando lo que no me es lícito, para que otro haga la baza.”
(Tomo I, p. 19).

A partir dessa confissão inicial, Alemán constrói uma narrativa que combina exemplaridade moral e engenho literário, fundindo sermão, sátira e romance numa das obras mais difundidas do barroco hispânico.

Exemplares impressos com vinheta ornamental nos frontispícios. Encadernação editorial em capa dura, lombadas douradas bem conservadas e miolos limpos, sem riscos, anotações manuscritas ou carimbos. 1973.

IDIOMA
Espanhol

DIMENSÕES
Altura: 17cm
Largura: 12cm