CASTRO ALVES, Antônio Frederico de (1847–1871). Obra completa (Editora Nova Aguilar S.A., Rio de Janeiro, 1997).
CASTRO ALVES, (Antônio Frederico de) [1847–1871].— CASTRO ALVES // OBRA COMPLETA // EDIÇÃO COMEMORATIVA DO SESQUICENTENÁRIO // Organização, fixação de texto e Notas de // EUGÊNIO GOMES // [monograma editorial em vermelho, estilizado com as letras entrelaçadas "A" e "N", tradicional da casa publicadora] // —— // RIO DE JANEIRO, EDITORA NOVA AGUILAR S.A., 1997 // [retrato do autor em tom acobreado, com assinatura fac-símile em tinta preta] // BIBLIOTECA // LUSO-BRASILEIRA // Série Brasileira // CASTRO ALVES // OBRA COMPLETA // em um volume // INTRODUÇÃO GERAL // Nota à Edição do Sesquicentenário (Alexei Bueno) // Nota Editorial da Primeira Edição (Afrânio Coutinho) // Critério da Edição / Castro Alves e o Romantismo Brasileiro // (Eugênio Gomes) // Vida Efêmera e Ardente de Castro Alves (Afrânio Peixoto) // Reportagem Iconográfica // Cronologia da Vida e da Obra (Eugênio Gomes) // POESIA // Espumas Flutuantes / Os Escravos // A Cachoeira de Paulo Afonso / Poesias Coligidas // PROSA // Gonzaga ou a Revolução de Minas // Fragmentos / Correspondência // APÊNDICE // Diálogo Epistolar Entre José de Alencar e Machado de Assis // Notas e Variantes / Bibliografia (Eugênio Gomes).— In-12.º., 906, [4] p. E. editorial.
Castro Alves, o “Poeta dos Escravos”, inscreveu-se na terceira geração romântica brasileira com vigor condoreiro, colocando sua poesia a serviço da denúncia social e da luta pela liberdade. Sua lírica funde o tom oratório, a musicalidade e imagens de impacto, assumindo uma dimensão épica contra a escravidão e em defesa da dignidade humana.
Em Os Escravos, publicado postumamente, a denúncia atinge o plano íntimo e familiar, expondo a dor e a degradação impostas às mulheres escravizadas. O poema “Tragédia no Lar” dramatiza, em linguagem pungente, a maternidade marcada pela opressão e pelo estigma social, transformando a experiência íntima em denúncia universal.
«Por que tremes, mulher? Que estranho crime,
Que remorso cruel assim te oprime
E te curva a cerviz?
O que nas dobras do vestido ocultas?
É um roubo talvez que aí sepultas?
É seu filho... Infeliz!...
Ser mãe é um crime, ter um filho — roubo!
Amá-lo uma loucura! Alma de lodo,
Para ti — não há luz.
Tens a noite no corpo, a noite na alma,
Pedra que a humanidade pisa calma,
— Cristo que verga à cruz!»
(p. 231)
Encadernação editorial em capa dura verde, com lombada ornamentada em prateado e assinatura fac-símile de Castro Alves em dourado na capa. Lombada, capa e miolo íntegros e firmes, com guardas levemente amareladas e alguns pequenos pontos de oxidação.
IDIOMA
Português
DIMENSÕES
Altura: 18,5 cm
Largura: 12 cm